quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A saúde e a Fé


Autoria do Dr. Telmo Diniz


 (*)

Inúmeras pesquisas têm buscado avaliar os efeitos da espiritualidade sobre o nosso organismo. Não importa qual é a crença religiosa da pessoa. O fato é que práticas como oração e meditação vêm se tornando cada vez mais alvo de estudo de pesquisadores da área da saúde, que investigam, em vários países, os efeitos da fé sobre a nossa saúde.

As perguntas básicas que os estudos apresentam são:

Como a fé religiosa atua como um recurso na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar?
Um relacionamento de amor com Deus é uma característica das pessoas saudáveis?
A religiosidade é um fator de proteção contra doenças ao longo do processo de envelhecimento?
Existem efeitos terapêuticos ou preventivos de se ter mais fé sobre a saúde?
Para ser benéfica, a fé em Deus teria de estar associada a uma prática religiosa, onde a pessoa deveria participar de um grupo religioso estruturado – seja ele católico, budista, judeu, evangélico, espírita, entre outros. Esse apoio social é algo extremamente valioso para a saúde física, inclusive para a sobrevivência e longevidade.

Pesquisas demonstram que as pessoas altamente religiosas têm 30% a mais de chance de serem mais longevas, em especial pelo estilo de vida que levam. Porém, a oração, reza ou qualquer outra forma de elevação do nível de consciência, como na meditação, realizados fora de um ambiente templário, também têm efeitos benéficos para a saúde.

Existem centenas de estudos sobre a “prece à distancia”, ou seja, pessoas que recebiam a prece, desconheciam que estavam recebendo o referido benefício e, mesmo assim, melhoravam, isso comparado ao grupo controle (aqueles que não foram contemplados com as preces). Em outras palavras, isso é evidência científica de que orações à distância têm um efeito mensurável e benéfico.

Particularmente, acredito que a fé, independentemente da crença religiosa, tem um papel importante na recuperação do doente. A doença não é só física. Tem uma dimensão psíquica e uma dimensão espiritual. Portanto, ela deve ser vista de forma globalizada. Existem mais de 5.000 estudos na literatura médica comprovando que a evolução da doença pode ser modificada pela fé.

Consenso

Algumas áreas do cérebro são ativadas no momento da oração. Essas áreas estão conectadas aos centros da imunidade. Melhorando o sistema imunológico, combatemos doenças crônicas como o câncer, melhoramos estados psíquicos como ansiedade e depressão. A influência da crença em Deus na redução do estresse já é quase um consenso entre os médicos.

As doenças relacionadas ao estresse, especialmente as cardiovasculares, como a hipertensão, o infarto do miocárdio e o derrame, parecem ser as que mais se beneficiam dos efeitos de uma espiritualidade bem desenvolvida.

Não cabe ao médico prescrever uma religião em particular ao paciente, e sim, encorajá-lo em trabalhos espirituais de sua escolha. Independentemente dos mecanismos envolvidos na melhora da saúde através de práticas religiosas, essas devem ser incentivadas, respeitando-se a individualidade de crença, contribuindo dessa forma para a melhora dos pacientes com a utilização de uma medicina humanística e integrativa.

(*) Imagem copiada de blog.cancaonova.com.cancaonova.com

Fonte: Blog Vírus da Arte & Cia

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