Escola da Fé 2012

Entrevista com Padre Nilton sobre os Santuários Marianos - Junho 2012

Pascom: O QUE HÁ NOS SANTUÁRIOS MARIANOS (LOCAIS ONDE MARIA APARECEU) QUE DESPERTA TANTO INTERESSE E FASCÍNIO DOS CRISTÃOS DE TODO O MUNDO?

Pe. Nilton: Primeiramente, Maria é uma figura central dentro do cristianismo e desde os primeiros séculos Ela sempre atraiu multidões de pessoas. Ela por si mesma já fascina e encanta os cristãos e até não cristãos pela sua simplicidade e maternidade divina. Mas, o que há de mais especial nos Santuários Marianos da Europa é a mística que surge desde as aparições. Em cada lugar Maria trouxe uma mensagem de fé, conversão e esperança. As aparições surgiram em momentos especiais da Igreja, sobretudo, quando a fé do povo estava abalada e novas correntes filosóficas e ideológicas surgiram para afastar as pessoas de Deus. Maria vem para unir e mostrar Cristo Ressuscitado. O que mais chama a atenção das pessoas é a possibilidade de encontrar-se com a Mãe, venerá-la, agradecer-lhe, pedir-lhe forças para enfrentar as batalhas da vida. Os santuários são verdadeiros espaços onde reina o sagrado, o silêncio, a paz. As pessoas vão até eles para aprofundar sua fé e seu amor a Deus, a Jesus e a Maria Santíssima. 

Pascom: QUAIS OS OBJETIVOS RELIGIOSOS E OS PONTOS FORTES NA VIAGEM PELOS CAMINHOS DE MARIA?

Pe. Nilton: O principal objetivo é despertar nas pessoas o amor pelas coisas sagradas, por Deus e pela sua criação. A viagem aconteceu num clima de espiritualidade e caminhada com Maria. É a oportunidade das pessoas amadurecerem a própria caminhada cristã e se conscientizarem de sua real missão como batizados, seguidores de Cristo. Os pontos fortes da viagem foram a visita aos santuários onde Nossa Senhora apareceu (Fátima, Zaragoza, Lourdes, La Salete e a Medalha Milagrosa), a celebração da Sagrada Liturgia, os momentos de reflexão, a oração cotidiana, a reza do rosário, as procissões que participamos, a catequese em cada lugar, o silêncio e os momentos de contemplação diante da arte e da beleza que cada lugar revela.

Pascom: QUAL A DIFERENÇA ENTRE VIAGEM DE PEREGRINAÇÃO ESPIRITUAL ORGANIZADA COM DIRETOR ESPIRITUAL E VIAGEM DE TURISMO RELIGIOSO?

Pe. Nilton: A diferença está no fato de que ao preparar uma viagem como os Caminhos de Maria nós nos colocamos sob a orientação de Deus e vamos em nome d’Ele. Trata-se de uma viagem cuja finalidade é reavivar a fé, transformar-se interiormente em novas criaturas, buscar a conversão e a convicção de que temos muito a colaborar com Deus. O diretor espiritual tem o papel de conduzir o peregrino numa caminhada de fé, deve levar cada uma a viver uma experiência única de Deus, deve integrar o fiel nos lugares santos a fim de que este seja tocado pelo sagrado. Enquanto que uma viagem religiosa sem direção espiritual não leva a contemplar o essencial nestes lugares. Não há vínculos mais profundos com a fé. As pessoas podem visitar estes lugares dentro de uma ótica puramente turística sem vínculo com o sagrado.

Pascom: COMO PÁROCO E GUIA ESPIRITUAL DO GRUPO, QUAL A MENSAGEM MARCANTE E FELIZ DESSA SANTA E ABENÇOADA VIAGEM QUE VOCÊ TROUXE EM SEU CORAÇÃO PARA PARTILHAR COM A COMUNIDADE?

Pe. Nilton: Eu trouxe o que vi e senti diante da obra de Deus. Constatei que Maria continua atraindo multidões para Cristo e que o cristianismo está cada vez mais vivo. Maria tem colaborado com Jesus desde sempre e continua tocando nos corações de seus filhos com o mesmo amor de Deus. Os Santuários Marianos realmente nos levam a viver uma experiência forte de paz interior e de amor pela Igreja. Voltei renovado com as maravilhas que vi e neste sentido incentivo todos os que puderem a visitar estes lugares. O sagrado se revela por meio da arte, da paisagem e das pessoas. Também nos faz crescer em fraternidade e ver o mundo com outros olhos. Maria deve ocupar um lugar especial em nossa vida, ela tem que ser “nosso tudo depois de Jesus”. Sob a orientação de nossa Mãe chegaremos ao céu. Agradeço a Deus por esta oportunidade e pelas graças alcançadas.

Seminários de Dons RCC

Nos dias 09 e 10 de junho, ocorreu em nossa Paróquia, o Seminário de Dons, promovido pela Renovação Carismática Católica. Foram abordados os dons efusos e como aplicar esses ensinamentos nas reuniões de oração de diversos grupos.

Foi um final de semana cheio de bençãos, onde houve o derramamento do Espírito Santo à todos aqueles que abriram seus corações e permitiram que Jesus agisse.

Formação Paroquial

Programação deste fim de semana

Sábado tem Festa Junina, às 19h, no salão da igreja.

Domingo tem coroação de Nossa Senhora, na missa das 19h.

Convite CPP de 14/junho

Festa de Corpus Christi

Por Márcia Azzolini

A festa de Corpus Christi foi realizada na 5ª feira passada – 07.06, data oficial em que toda a Igreja a comemorou.

A Paróquia Imaculado Coração de Maria, naquele dia, ofereceu à comunidade Claretiana um momento de Adoração ao Santíssimo e duas Santas Missas, celebradas nos horários das 10 e 19h. 

Você conhece a história da solenidade de Corpus Christi?

No final do século XIII surgiu em Liège, Bélgica, um Movimento Eucarístico, cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Liège. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo, a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.

Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar essa Festa. A santa nasceu em Retines, perto de Liège, Bélgica, em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em cinco de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.

Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento e sempre esperava uma festa especial em sua honra. Esse desejo teria se intensificado em decorrência de uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significava a ausência dessa solenidade.

Juliana comunicou essas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Liège; também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos, e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja; mais tarde, o Papa Urbano IV.

O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, invocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte; ao mesmo tempo, o Papa ordenou que um monge de nome João escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.

Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte, na quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde, um bispo alemão conheceu o costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.

O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto dessa localidade está Bolsena, onde, em 1263 ou 1264, aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Forma, viu sair, dela, sangue, o qual foi empapando o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 de junho de 1264. Hoje se conservam os corporais - onde se apóiam o cálice e a patena durante a Missa - em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.

O Santo Padre, movido pelo prodígio e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de oito de setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofício.

Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício - a liturgia das horas - a São Boa-ventura e a Santo Tomás de Aquino. Quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.

A morte do Papa Urbano IV, em dois de outubro de 1264 - um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa, mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis - por João XXII - e assim a festa é estendida a toda a Igreja. 

Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém, estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.

A festa foi aceita em Cologne, em 1306; em Worms, adotaram-na em 1315; em Strasburg, em 1316. Na Inglaterra, foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.

Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.

Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzido na Igreja de Deus o costume, e que em todos os anos, em determinado dia festivo, seja celebrado esse excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade, e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Assim, os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Texto extraído do site http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/christi/13.htm

Corpus Christi

Na celebração da Eucaristia,

Entramos em comunhão com Deus

Através do Corpo e sangue de Jesus,

Presente no pão espiritual da vida

Sinal de partilha e comunhão universal!

Jesus nos ofertou sua vida, por amor

Em sacrifício eucarístico, se entregou

Fez-se presente no pão e no vinho

E como oferta agradável ao Pai,

Jesus nos comunica sua paz e seu amor!

Feliz dia de Corpus Christi!

Reiní Dantas Leal

Convite Retiro para Jovens 09 junho

Seminários de Dons RCC

Mais informações:

rcc@pcormaria.com

Encontro do Grupo de Jovens – Maio/12

O Encontro de Jovens da Paróquia ocorreu dia 26 de maio, sob a coordenação de Danúbia Ravena e discutiram o assunto: “Igualdade e Diversidade”, com a participação de Reiní Dantas Leal, coordenadora da PASCOM.

O objetivo do tema foi levar os jovens a verem a sociedade nos dias de hoje, nos aspectos de igualdade e diversidade humano sócio cultural.

Aos poucos, Danúbia foi mostrando que as diferenças de gênero, raça, etnia, comportamento, humor, deficiência e orientação sexual, entre outras, podem levar à desigualdade, criando nova realidade de discriminação e de preconceito, o que hoje, se encontra inserida na cultura e na mentalidade de nossa sociedade e presente no cotidiano de violações dos direitos humanos.

Na sequência, foi lido um documento o qual fala sobre “Ser jovem hoje”, o qual faz parte dos estudos de formação nos Encontros da Juventude Claretiana, para que possamos levar o Carisma de Santo Antonio Maria Claret aos Jovens da nossa paróquia.

Nesse documento, também fala de “Como está difícil ser jovem nos dias de hoje”. Nessa parte, houve uma boa interação dos jovens participantes. Alguns comentaram que ser jovem hoje não é fácil, devido à violência e influência social de alguns amigos adolescentes viciados em álcool, drogas e fumo e que se sentem perdidos, sem fé e sem rumo na vida.

Tudo isso e outras violências às quais os jovens estão expostos, às vezes, os diferentes comportamentos de alguns, os leva a constante pressão psicológica e provocações de mudança de hábitos e perda de valores básicos. Como exemplo foi citado, que hoje é moda alguns jovens adolescentes dizerem que é “ateu” e nem sabem o porque e nem o que isso significa. 

Discutido também, como as redes sociais podem influenciar, tanto para motivar ou desmotivar, na construção da identidade e personalidade do jovem hoje.

Concluindo que, “ser jovem é ser construção nos dias de hoje, é construir, elevar a alma, o espírito o coração para que nossa cabeça esteja bem alinhada para o mundo lá fora”.

Finalmente, foi comentado: como a atuação da pastoral do grupo de jovens, poderá ajudar na Jornada Mundial da Juventude? Tema que continuará sendo discutido nos próximos encontros e encerrado o encontro com oração.